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Quase metade das bombas utilizadas por Israel em Gaza não são guiadas, aponta site

Por não serem guiadas, as chamadas ‘dumb bombs’ possuem menor grau de precisão e atingem, aleatoriamente, civis em áreas adensadas como a Faixa de Gaza; denúncia partiu dos EUA

Foto: Jack Guez/AFP
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Quase metade das munições ar-terra utilizadas por Israel contra a Faixa de Gaza, desde que o conflito no local eclodiu no dia 7 de outubro, não foram guiadas. Significa, assim, que boa parte das munições eram do tipo “dumb bombs“, que não seguem uma trajetória balística. A informação foi divulgada nesta quinta-feira 14 pelo site CNN Brasil.

De acordo com a publicação, os dados foram compilados pelo Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional dos Estados Unidos e apontam que, desde o início do conflito, cerca de 29 mil munições já foram usadas por Israel. Do total, cerca de 40% a 45% não eram guiadas.

Esse tipo de bomba é especialmente perigosa no conflito. Ao não ser guiada, possui menor grau de precisão e atinge, aleatoriamente, civis em áreas adensadas como a Faixa de Gaza. 

Apesar do dado, que a publicação atribui a três fontes que tiveram contato com o levantamento, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel despistou sobre o montante. “Não abordamos o tipo de munições utilizadas”, afirmou Nir Dinar quando questionado pelo site. 

O volume de ‘dumb bombs’ contrasta também com a propaganda da guerra feita por Israel, que tem justificado os ataques em locais como hospitais e áreas habitadas por civis como uma forma de atingir extremistas do Hamas. A falta de guia nos projéteis não permitiria, na prática, garantir que a bomba atinja apenas o alvo pretendido.

Apesar do histórico apoio ao Estado israelense ao longo de décadas, os Estados Unidos vêm dando indicações de rechaço ao escalonamento da violência, que resulta na crescente de mortes de civis.

Na última terça-feira 12, o presidente norte-americano, Joe Biden, afirmou que Israel produz “bombardeios indiscriminados” em Gaza. 

Segundo o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas, mais de 18 mil pessoas morreram na região desde o início do conflito. O órgão aponta, também, que a maioria dos mortos é composta por mulheres e menores de 18 anos.

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