Mundo
Primeiros estrangeiros deixam Gaza e seguem para o Egito
Grupo de brasileiros ainda aguarda a autorização para sair da zona de conflito
Dezenas de estrangeiros saíram da Faixa de Gaza nesta quarta-feira 1 atravessaram a fronteira com o Egito pela passagem de Rafah, que foi aberta ao trânsito de pessoas pela primeira vez desde o início da guerra entre Israel e o movimento palestino Hamas.
Depois que as autoridades egípcias anunciaram uma abertura excepcional da passagem para a saída de quase 90 feridos e 450 estrangeiros, um primeiro grupo cruzou a fronteira, que é utilizada para o envio de ajuda humanitária, mas até agora estava fechada para as pessoas.
Ainda não foi possível determinar quantas pessoas conseguiram sair por Rafah, na fronteira sul de Gaza com o Egito, mas imagens exibidas ao vivo do local mostraram várias pessoas entrando no território egípcio.
O Ministério da Saúde do Hamas, movimento islamista que governa Gaza, transmitiu ao Egito uma lista de 4.000 feridos que precisam de tratamentos que não estão disponíveis no território palestino, informou à AFP o porta-voz da pasta, Ashraf al Qudra.
“Esperamos que possam viajar nos próximos dias porque devem ser submetidos a cirurgias que não podem ser feitas em Gaza. Temos que salvar suas vidas”, disse.
Brasileiros terão que esperar
O grupo de brasileiros que está próximo da fronteira com Rafah não foi incluído nesta primeira lista que cruza a fronteira do Egito e, portanto, ainda aguarda autorização. Ao todo, são 34 pessoas que o Brasil espera tirar da zona de conflito. 24 delas são brasileiros e 10 palestinos que pretendem morar no País.
Nesta primeira leva, há pessoas da Austrália, Áustria, Bulgária, Finlândia, Indonésia, Jordânia, Japão e República Tcheca. Não há, neste momento, informações sobre quanto tempo a fronteira entre Gaza e Egito ficará aberta. Nem mesmo há uma sinalização de quando nova lista de autorizados a sair do enclave será fornecida.
Ataque contra refugiados motivou abertura
A decisãoo de abrir a passagem foi anunciada horas depois de um ataque israelense contra Jabaliya, o maior campo de refugiados de Gaza, que, segundo o Hamas, deixou 50 mortos.
O Egito condenou o ataque contra o campo de Jabaliya “nos termos mais veementes” e fez um alerta contra “as consequências da continuidade dos ataques indiscriminados direcionados contra civis indefesos”.
(Com informações de AFP)
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.