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Os próximos passos para os brasileiros que estão em Gaza, após a frustração desta sexta

A expectativa é por liberação neste sábado. O grupo viajará a Brasília em um avião da Presidência da República

Registro de bombardeio israelense ao norte da Faixa de Gaza, nesta quinta-feira 9. Foto: Ronaldo Schemidt/AFP
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O fechamento da passagem de Rafah, na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito, prolongou ainda mais a expectativa dos brasileiros que tentam deixar o enclave. A interrupção aconteceu horas após o Itamaraty ser avisado de que o grupo poderia sair nesta sexta-feira 10.

Ao todo, o grupo que aguarda resgate é composto por 24 brasileiros natos, sete palestinos com documentação brasileira e três palestinos que darão início ao processo de refúgio no Brasil. Há 18 crianças, dez mulheres e seis homens.

A Embaixada do Brasil na Palestina confirmou que os brasileiros devem fazer uma nova tentativa de cruzar a fronteira neste sábado. A passagem é aberta por algumas horas a cada dia, e a prioridade é concedida a ambulâncias com feridos – mais cedo, apenas cinco veículos conseguiram deixar Gaza e outras dezenas ficaram retidas.

“[Há] notícias de forte presença militar israelense e combates ao redor de hospitais, o que impede ou dificulta a saída de ambulâncias”, disse o embaixador Alessando Warley Candeas. “Se as ambulâncias puderem sair amanhã, os estrangeiros também sairão, inclusive nossos brasileiros.”

No momento, apenas Hasan Rabee está em Khan Younis, cidade no sul de Gaza – os demais brasileiros permanecem em Rafah. “Estamos todos mobilizados. Assim que sair a notícia da abertura da fronteira, levaremos em poucos minutos todos de novo para lá”, acrescentou o diplomata.

Israel, que controla a travessia no posto de fronteira do enclave com o Egito, começou a liberar a saída de estrangeiros da região na semana passada, mas os brasileiros só receberam sinal verde na noite da quinta-feira 9.

Quando sair de Gaza, o grupo viajará a Brasília em um avião da Presidência da República que está há 20 dias esperando no Egito pela liberação. Uma médica oficial da Aeronáutica acompanhará as famílias no voo.

Na capital federal, os brasileiros devem ser recebidos pelo presidente Lula (PT) e por ministros e encaminhados às cidades onde têm familiares. Além disso, o governo federal pretende atuar na oferta de abrigos a repatriados que não têm parentes no Brasil e na confecção da documentação, caso haja necessidade.

O drama dos brasileiros para sair de Gaza acontece à luz do acirramento da guerra no Oriente Médio. Nesta sexta, o Ministério da Saúde do Hamas anunciou que 11.078 pessoas morreram em bombardeios israelenses contra o enclave desde o início da guerra, em 7 de outubro.

De acordo com a pasta, entre os mortos estão 4.506 crianças e 3.027 mulheres. Os atentados também deixaram 27.490 feridos.

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