Número de mortos após terremoto no Haiti chega a quase 1300

País também contabiliza quase 6 mil feridos. Ainda há centenas de desaparecidos

(Stanley LOUIS / AFP)

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As autoridades do Haiti confirmam que há menos 1297 mortos após um terremoto de magnitude 7.2 na escala Richter que atingir o país no último sábado 14. De acordo com o governo, há mais de 5700 feridos e centenas de desaparecidos.

Em Les Cayes e outras cidades do sudoeste do país, boa parte da população passou a noite na rua, em frente às casas destruídas por medo de novos abalos sísmicos. O principal aeroporto da cidade foi dominado por pessoas tentando evacuar seus entes queridos para a capital Porto Príncipe.

Mais de 13 mil construções foram destruídas e outras 13 mil estão danificadas, segundo o governo, que já está em alerta para a iminente chegada da depressão tropical “Grace”, cuja passagem pode dificultar o trabalho das equipes de resgate.

 

 


O abalo sísmico, ainda mais poderoso do que o de 11 anos atrás, provocou deslizamentos de terra generalizados, com pedras e outros detritos bloqueando muitas estradas, dificultando o acesso aos feridos e necessitados.

O terremoto foi a última calamidade a impactar o Haiti, que ainda vive com os efeitos colaterais de um terremoto de 2010 que matou cerca de 250 mil pessoas. O abalo de sábado ocorreu cerca de cinco semanas depois que o presidente haitiano, Jovenel Moïse, foi assassinado, deixando um vácuo de liderança em um país que já luta contra a pobreza extrema e a violência desenfreada das gangues.

O controle do país foi assumido pelo primeiro-ministro Ariel Henry, nomeado por Moise pouco antes de sua morte, que prometeu realizar eleições presidenciais e parlamentares em 7 de novembro.

As autoridades do Haiti se empenam para coordenar sua resposta ao terremoto, pretendendo não repetir os erros de 2010, quando os atrasos na distribuição de ajuda a centenas de milhares de pessoas agravaram o número de mortos.

O primeiro-ministro Ariel Henry prometeu no domingo em uma entrevista coletiva “dar uma resposta mais apropriada do que a que demos em 2010”, com um único centro de operações em Porto Príncipe para coordenar os esforços de ajuda.

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