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Milei diz que incluiria 3ª colocada na eleição em seu governo na Argentina

Na campanha do 1º turno, ele havia acusado Patricia Bullrich de ter instalado bombas em jardins de infância

Javier Milei e Patricia Bullrich. Fotos: Luis Robayo e Juan Mabromata/AFP
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Após ter ficado em 2º lugar no 1º turno das eleições presidenciais da Argentina, o candidato de ultradireita Javier Milei afirmou que integraria a sua oponente Patricia Bullrich em um eventual governo, caso vença o peronista Sergio Massa no 2º turno.

O movimento é um dos primeiros passos para a atração de apoios na rodada final contra o candidato de Alberto Fernández e Cristina Kirchner. Ex-ministra do liberal Maurício Macri e crítica do kirchnerismo, Bullrich ficou em 3º lugar na primeira rodada eleitoral.

Milei afirmou que tem convergências com a candidata macrista em matéria de segurança pública.

“Se Bullrich quiser se somar, como não incorporá-la? Se ela teve sucesso no combate à insegurança, não temos problema”, declarou o candidato de extrema-direita, em entrevista à rádio El Observador.

Milei afirmou ainda que a campanha foi “muito dura” e que as divergências levaram a disputa a uma “situação tremendamente hostil”, mas que deixaria esse embate para trás.

“Estou disposto a deixar tudo isso no passado, por um objetivo mais importante, que é vencer o kirchnerismo”, disse.

As declarações também representam uma mudança de postura de Milei em relação a Bullrich, já que no 1º turno ele havia feito ferrenhas acusações à adversária.

O ultradireitista havia acusado a liberal de ter instalado bombas em jardins de infância quando esta era militante da Juventude Peronista. A ex-ministra chegou a apresentar uma denúncia na Justiça.

No último domingo 22, o 1º turno das eleições teve o seguinte resultado:

  • Sergio Massa (Unión por la Patria): 36%;
  • Javier Milei (La Libertad Avanza): 30%;
  • Patricia Bullrich (Juntos por el Cambio): 24%;
  • Juan Schiaretti (Hacemos por Nuestro País): 7%;
  • e Myriam Bregman (Frente de Izquierda): 3%.

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