O presidente Lula (PT) promulgou o Tratado Constitutivo da Unasul depois de 4 anos fora do bloco.
O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União na quinta-feira 6 e deve valer a partir de 6 de maio.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a medida faz parte da agenda de retomada de suas principais alianças internacionais.
Fundada em 2008, durante o auge dos governos de esquerda latino-americanos, o bloco busca a integração político-econômica dos Estados-membros para ajudar na redução da desigualdade.
O Tratado Constitutivo contou com 12 países-membros: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
Em seu primeiro ano, o bloco foi responsável pela criação do Conselho Sul-Americano de Defesa (CDS) para elaboração de políticas de defesa conjunta e ter autonomia em relação à Organização dos Estados Americanos (OEA).
O Conselho atuou, por exemplo, pela resolução dos conflitos internos na Bolívia, entre Colômbia, Venezuela e Equador.
No entanto, em 2019, início da gestão de Jair Bolsonaro (PL), o Brasil deixou a Unasul após a Bolívia informar que passaria temporariamente a presidência do bloco.
Em seguida, a Argentina, Paraguai, Colômbia, Peru e Equador também comunicaram a saída da Unasul.
Para substituir o bloco de integração dos países sul-americanos, nasceu o Prosul, desta vez sobre a ascensão da direita.
O Fórum para o Progresso da América do Sul (Prosul) contou com a participação dos seguintes membros: Argentina (Mauricio Macri), Brasil (Jair Bolsonaro), Chile (Sebastián Piñera), Colômbia (Iván Duque), Equador (Lenín Moreno), Guiana (embaixador George Talbot), Paraguai (Mario Abdo Benítez) e Peru (Martín Vizcarra).
A Venezuela não foi convidada para integrar o bloco.
Na época, em entrevista a CartaCapital, o ex-chanceler Celso Amorim classificou a saída do País do Unasul e criação do novo bloco como “total subordinação do Brasil aos EUA”.
Em janeiro deste ano, durante visita à Argentina, o presidente Lula e o presidente argentino, Alberto Fernández, disseram ter o objetivo de voltar a colocar em andamento a Unasul.
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