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Argentina voltou à Unasul e Brasil fará o mesmo, diz Alberto Fernández

Guinada conservadora na região e diferentes visões sobre a crise venezuelana haviam enfraquecido o bloco

Foto: Marcos Brindicci/AFP
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A Argentina oficializou seu retorno à Unasul e o Brasil fará o mesmo na quinta-feira 6, o que dará um novo impulso ao bloco, criado sob a influência de governos de esquerda. O anúncio partiu do presidente argentino, Alberto Fernández, nesta quarta 5.

Fundada em 2008 com 12 membros, a União das Nações Sul-Americanas ficou paralisada por não conseguir eleger um novo secretário-geral desde 2017 para suceder o colombiano Ernesto Samper.

Uma guinada conservadora na região e as diferentes visões sobre a crise venezuelana haviam enfraquecido ainda mais o bloco, do qual acabaram saindo Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, Paraguai, Uruguai e Equador.

“Hoje já oficializamos nosso ingresso na Unasul. O Brasil, se não me engano, fará a mesma coisa amanhã, e já pedi ao presidente (do Chile, Gabriel) Boric que trabalhemos juntos para recriar a Unasul – mas a destes tempos, não a Unasul de outros tempos”, disse Fernández a repórteres no palácio presidencial chileno. Ele fez uma breve visita oficial a Santiago nesta quarta para se reunir com Boric.

A Unasul teve anos de glória na última década, mas hoje só restam no bloco Bolívia, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.

A Argentina decidiu deixar o grupo durante o governo do conservador Mauricio Macri em 2019. O Brasil, fundador e maior integrante, fez o mesmo após decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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