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Kremlin: é ‘mentira’ dizer que governo russo ordenou morte do chefe do Wagner

Posição oficial do governo russo foi expressada nesta sexta-feira, um dia após Putin lamentar a morte de Prigozhin

Homenagem a Prigozhin em Moscou, na Rússia. Foto: NATALIA KOLESNIKOVA / AFP
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O Kremlin afirmou, nesta sexta-feira (25), que são falsos os rumores de que o governo russo ordenou o assassinato do chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, que morreu em um acidente de avião dois meses depois de sua rebelião armada.

“É uma mentira absoluta. Tem que abordar essa problemática [do acidente aéreo] com base nos fatos”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, ao ser questionado por jornalistas sobre as insinuações de alguns líderes ocidentais sobre a possibilidade de o Kremlin ter ordenado a morte de Prigozhin.

“Há muita especulação a respeito do acidente de avião e da trágica morte dos passageiros, incluindo Yevgeny Prigozhin, e já sabemos em que sentido se especula no Ocidente”, acrescentou.

Segundo ele, a investigação ainda está em curso.

Na quinta-feira, o presidente Vladimir Putin disse que “espera os resultados”, lembrou.

O presidente russo considerava Prigozhin um traidor por causa do motim que liderou nos dias 23 e 24 de junho. Na noite de quinta-feira, referiu-se a ele como um homem “talentoso” que cometeu, no entanto, “graves erros na sua vida”.

No momento, a morte do chefe do Wagner ainda não foi confirmada, já que os testes genéticos para identificação dos corpos não foram concluídos.

Os investigadores não se pronunciaram sobre as pistas examinadas, nem mencionaram qualquer hipótese sobre as causas do acidente.

O avião particular em que Prigozhin e seus associados mais próximos viajavam caiu ao noroeste de Moscou na tarde de quarta-feira, dando origem a múltiplas especulações sobre se o poder russo poderia ter planejado o evento.

Nos Estados Unidos, França, Alemanha e Ucrânia, diversas autoridades especularam que o Kremlin pode ter sido o responsável pelo acidente.

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