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EUA anunciam ajuda militar de US$ 345 milhões a Taiwan

Sob anonimato, uma fonte citou sistemas de vigilância e reconhecimento, munição e equipamentos diversos

O presidente dos EUA, Joe Biden. Foto: Jim Watson/Pool/AFP
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, autorizou o envio de um pacote de ajuda militar a Taiwan no valor de 345 milhões de dólares (o equivalente a 1,63 bilhão de reais), informou a Casa Branca nesta sexta-feira 28.

Mais detalhes sobre a ajuda não foram revelados. Em um comunicado, a Casa Branca menciona “itens e serviços de defesa” e “treinamento militar”.

Um funcionário dos Estados Unidos, que pediu anonimato, citou sistemas de vigilância e reconhecimento, munição e outras peças avulsas e equipamentos diversos.

Pequim considera Taiwan parte de seu território e protesta quase sistematicamente a cada anúncio de ajuda militar à ilha.

Os Estados Unidos têm vendido armas para Taiwan há anos, mas a nova ajuda virá diretamente das reservas americanas existentes, assim como tem sido feito com a Ucrânia desde o início da guerra com a Rússia, em fevereiro de 2022.

Em meados de maio, o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, afirmou que estava sendo considerado o fornecimento de ajuda para Taiwan a partir das reservas americanas.

Uma lei aprovada pelo Congresso autoriza a oferta de estoques dos Estados Unidos para a ilha no valor de até 1 bilhão de dólares, com o objetivo declarado de dissuadir a China de qualquer aspiração expansionista.

O anúncio da Casa Branca ocorre no momento em que o diálogo entre Estados Unidos e China vem melhorando, após várias visitas de autoridades americanas a Pequim, incluindo a do secretário de Estado, Antony Blinken, a da secretária do Tesouro, Janet Yellen, e a do enviado para o clima, John Kerry.

Também acontece enquanto o secretário de Defesa e Blinken estão na Austrália para se reunir, neste sábado 29, com seus homólogos. A discussão sobre a China certamente estará presente nas reuniões.

Durante a visita de Blinken a Pequim em meados de junho, as duas partes conservaram posições sobre Taiwan, mas expressaram o desejo de manter a comunicação para evitar que as tensões degenerem em um conflito bélico.

Pequim vê Taiwan, uma ilha com 23 milhões de pessoas, como uma província que ainda não foi reunificada ao restante do território desde o fim da guerra civil chinesa, em 1949. Não descarta o uso da força para alcançar esse objetivo.

Em abril, a China realizou três dias de exercícios militares simulando um bloqueio à ilha em resposta à reunião entre o presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, e a presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, na Califórnia.

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