Os Estados Unidos “vão tomar medidas” se o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, descumprir o acordo alcançado com a oposição, afirmou, nesta segunda-feira 30, um porta-voz do Departamento de Estado depois que a Corte Suprema da Venezuela suspendeu “todos os efeitos” das primárias da oposição.
“O governo dos Estados Unidos tomará medidas se Maduro e seus representantes não cumprirem seus compromissos do roteiro eleitoral” com vistas às eleições presidenciais de 2024, declarou o porta-voz à imprensa.
“Instamos Nicolás Maduro e seus representantes a manterem os compromissos, que assumiram na assinatura do acordo do roteiro político em Barbados”, onde governo e oposição acordaram que as próximas eleições presidenciais serão realizadas no segundo semestre de 2024 com a presença de observadores internacionais.
Este acordo já deixou no ar o tema das inabilitações políticas que afetam, entre outros, a liberal María Corina Machado, que venceu as primárias de 22 de outubro com 92% dos votos.
As primárias “foram um marco importante para o progresso da Venezuela para uma campanha presidencial livre, justa e competitiva em 2024”, afirmou o porta-voz do Departamento de Estado.
Mas as primárias sofreram um golpe nesta segunda, quando a Sala Eleitoral do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), de viés governista, suspendeu todos os efeitos das diferentes fases do processo eleitoral conduzido pela ‘comissão nacional das primárias’.
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