O dirigente político equatoriano Pedro Briones foi assassinado no país na tarde desta segunda-feira 14. O crime aconteceu cinco dias após a morte de Fernando Villavicencio, que era candidato à presidência.
O líder partidário teria sido morto por dois homens que foram até sua casa em uma moto, segundo informações do jornal equatoriano El Telégrafo. Familiares e vizinhos socorreram o dirigente ao hospital, mas ele não resistiu aos ferimentos
Briones era do partido de esquerda Revolução Cidadã, mesmo partido do ex-presidente Rafael Correa. Villavicencio, o candidato morto na semana passada, era de um partido de centro-direita.
A candidata presidencial do RC5, Luisa González, afirmou que o Equador vive sua época mais sangrenta e criticou o atual governo Guillermo Lasso. “Isso se deve ao abandono total por um governo inepto e por um Estado tomado por máfias”, afirmou nas suas redes sociais.
Crise equatoriana
A morte de Briones acontece no mesmo dia em que presos de um grande complexo prisional localizado em Guayaquil protestaram contra a transferência de um chefe do narcotráfico.
O preso, José Adolfo “Fito” Macías, foi acusado por Villavicencio, morto na última sexta-feira 11, de tê-lo ameaçado.
Condenado a 34 anos de prisão por crime organizado, tráfico de drogas e homicídio, Macías está preso desde 2011 e lidera o grupo criminoso Los Choneros, o mais poderoso do país, aliado do cartel mexicano de Sinaloa.
Organizações criminosas ligadas ao narcotráfico travam uma guerra pelo poder no Equador, país onde a taxa de homicídios subiu para 26 por 100 mil habitantes em 2022, quase o dobro da registrada no ano anterior.
Após a transferência de Fito, circularam nas redes sociais vídeos com supostas mensagens de presos do Los Choneros e de outros grupos aliados ameaçando com mais violência caso ele não seja devolvido à prisão onde estava, onde cumpria pena com certo conforto.
Com informações da AFP.
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