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De volta ao clube

O pária Bashar al-Assad rumo à reabilitação no Oriente Médio

Na moita. Assad participa discretamente de eventos públicos, ao mesmo tempo que busca refazer as pontes com os vizinhos. A produção de drogas sintéticas na Síria preocupa a região – Imagem: Presidência da Síria/AFP
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Caminhando por Aleppo, no mês passado, Bashar ­al-Assad não parecia um homem sustentando o destino de uma nação. Enquanto posava para fotos com os moradores, que faziam fila para encontrá-lo a inspecionar os danos do terremoto que devastou partes do norte da Síria, Assad parecia mostrar tanto alívio quanto preocupação pelas vítimas. O sorridente líder do país parecia perceber que, finalmente, havia chegado um momento.

Poucos dias depois do desastre, chefes de ajuda internacional clamavam por uma audiência e pediam ao presidente sírio permissão para atender as comunidades mais atingidas fora do controle do governo. Organismos globais estavam mais uma vez tratando Assad como o líder soberano de um Estado unificado. Em poucos dias, também os vizinhos da Síria, como ministros das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos, da Jordânia e do Egito, e autoridades de outros países árabes viajaram a Damasco para uma audiência, sob o pretexto de oferecer condolências. O simbolismo alimentou, no entanto, uma mudança sísmica de outra natureza.

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