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Chanceler acusa Brasil de suspender credenciais de diplomatas da Venezuela

Itamaraty também proibiu circulação de veículos de embaixadas e consulados venezuelanos, segundo Jorge Arreaza

O chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza. Foto: Chancelaria da Venezuela
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O chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, afirmou por meio das redes sociais que o governo do presidente Jair Bolsonaro suspendeu as credenciais dos funcionários que representam o país vizinho no Brasil e proibiu a circulação dos veículos da embaixada e dos consulados venezuelanos.

Segundo Arreaza, a decisão foi comunicada em nota diplomática do Itamaraty, enviada nesta sexta-feira 18 ao órgão de relações exteriores do governo de Nicolás Maduro. CartaCapital procurou o Itamaraty, mas não obteve resposta.

Nas redes sociais, o diplomata venezuelano criticou o que chamou de “subordinação” do Itamaraty às orientações políticas do governo dos Estados Unidos, que aplicou medidas de bloqueio econômico à Venezuela por entender que o mandato de Maduro é ilegítimo.

“Algo eles tinham que relatar hoje ao seu chefe Mike Pompeo. Subordinação total!”, escreveu Arreaza, referindo-se à visita ao Brasil que o secretário de Estado do presidente Donald Trump, Mike Pompeo, realiza nesta sexta.

Na quinta-feira 17, o Itamaraty publicou uma nota em que pediu que a comunidade internacional não apoie as eleições parlamentares da Venezuela, marcadas para 6 de dezembro deste ano. A diplomacia brasileira considera que as votações são uma “farsa” e que vão legitimar o que chamam de “ditadura” de Maduro.

A visita de Pompeo ao Brasil, segundo o Itamaraty, tem como objetivo tratar sobre “o esforço pela redemocratização da Venezuela”. O secretário americano aparece em uma foto com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, durante uma reunião nesta sexta 18 em Roraima, onde está localizada a fronteira com o país vizinho. A viagem inclui passagens por Suriname, Guiana e Colômbia, durante o fim de semana.

De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), 107 partidos e organizações estão habilitados a participar das disputas por 277 cadeiras na Assembleia Nacional.

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