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‘Cerco a Gaza pode configurar crime de guerra’, diz procurador do TPI

Procurador relembra que Israel precisa respeitar as leis internacionais e não impedir a entrada de ajuda humanitária para a região

‘Cerco a Gaza pode configurar crime de guerra’, diz procurador do TPI
‘Cerco a Gaza pode configurar crime de guerra’, diz procurador do TPI
Palestinos correm em busca de abrigo durante ataque aéreo em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 18 de outubro de 2023. Foto: Mohammed Abed/AFP
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O procurador do Tribunal Penal Internacional, Karim Khan, afirmou, neste domingo 29, que o cerco feito por Israel na Faixa de Gaza pode configurar um crime de guerra, ao impedir a entrada de ajuda humanitária no território palestino.

A declaração foi feita no posto de fronteira de Rafah, entre Gaza e o Egito, onde caminhões com alimentos, água e remédios aguardam a liberação para atravessar.

“Tenho de dizer que Israel tem obrigações claras relativamente à guerra com o Hamas. Não apenas obrigações morais, mas obrigações legais a respeitar no âmbito das leis que regem os conflitos armados”, afirmou Khan.

Mais cedo, no Cairo, ele declarou que Israel deve fazer “esforços discerníveis” para assegurar o acesso de civis a alimentos e medicamentos.

“Não deve haver nenhum impedimento a ajuda humanitária direcionada a civis. Eles são inocentes”, reiterou em uma mensagem publicada no X, antigo Twitter.

Mesmo com os sucessivos apelos de cessar-fogo em Gaza, os bombardeios israelenses no norte do território se intensificam cada vez mais.

Segundo o grupo extremista Hamas, já são mais de oito mil mortos no território de Gaza.

33 caminhões entraram em Gaza no domingo

Um comboio de 33 caminhões levando alimentos, medicamentos e água puderam entrar no domingo na Faixa de Gaza através da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito. Esse é o maior carregamento de suprimentos enviado ao enclave palestino desde o início da nova fase do conflito entre Israel e o Hamas. Para a ONU, que teme “uma nova degradação da situação humanitária já desastrosa” no local, essa ajuda é insuficiente.

(Com informações de RFI)

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