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Milhares invadem armazéns da ONU em Gaza para obter comida

Estoques ficam localizados nas áreas central e sul da Faixa de Gaza; território palestino é alvo de bombardeios por Israel

Centros de abastecimento da ONU têm invasão de palestinos em busca de comida em Gaza. Foto: Mohammed Abed/AFP
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Milhares de pessoas invadiram armazéns e centros de distribuição da Organização das Nações Unidas em Gaza para obter comida, informou a entidade neste domingo 29. As vítimas da guerra de Israel com o Hamas levaram da ONU itens como farinha de trigo e suprimentos de higiene.

Os estoques ficam localizados nas áreas central e sul da Faixa de Gaza. Um deles, em Deir al-Balah, é onde a ONU armazena suprimentos dos comboios humanitários vindos do Egito.

Em nota, o diretor de assuntos para a Faixa de Gaza da ONU, Thomas White, disse que o ocorrido representou um “sinal preocupante de que a ordem civil está começando a ruir depois de três semanas de guerra e de um cerco apertado a Gaza”.

White acrescentou que “as tensões e o medo são agravados pelos cortes nos telefones e nas linhas de comunicação pela internet” e que “eles sentem que estão sozinhos, isolados das suas famílias dentro de Gaza e no resto do mungo”.

Desde 21 de outubro até o momento, 84 caminhões com água, alimentos e remédios entraram em Gaza, quantidade considerada baixa pela ONU. No sábado 28, o apagão das telecomunicações impediu o trânsito de comboios pela passagem de Rafah, na fronteira com o Egito.

O sinal de internet voltou a Gaza neste domingo. A falta de comunicações também fez com que a embaixada do Brasil na Palestina ficasse sem contato com brasileiros em Gaza por um dia. A representação cuida de um grupo de 22 brasileiros e 10 palestinos em processo de imigração.

Neste domingo, o embaixador Alessandro Warley Candeas informou que está em contato com os brasileiros via WhatsApp, e que um motorista foi contratado para verificar a situação no local. Segundo ele, os brasileiros reportam falta de água e de gás. Alguns deles estão gripados, e há crianças com problemas nos olhos.

De acordo com a ONU, há estoques para alimentos suficientes para 10 dias, mas o fornecimento pelas lojas pode acabar em menos de uma semana. Além disso, a deflagração da guerra provocou redução de 92% no consumo de água em Gaza.

Israel intensificou os bombardeios contra o território palestino de Gaza após o Hamas, em 7 de outubro, promover uma ofensiva e provocar a morte de mais de 1,4 mil israelenses. Desde então, mais de 8 mil palestinos já foram mortos pelos ataques.

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