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Boric descarta nova constituinte no Chile

Após segundo fracasso em plebiscito, o chileno disse que País seguirá com a Constituição vigente, dos tempos do ditador Pinochet

Foto: Handout / Chilean Presidency / AFP
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O presidente do Chile, Gabriel Boric, afirmou que seu governo não irá promover uma nova constituinte, após os resultados do plebiscito deste domingo 17, em que os chilenos rejeitaram uma segunda proposta para substituir a atual Constituição, em vigor desde a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

“Durante este mandato, encerra-se o processo constitucional. Nosso país continuará com a Constituição vigente, porque, após duas propostas constitucionais, nenhuma delas conseguiu representar nem unir o Chile em sua bela diversidade”, declarou o líder, na sede do governo.

O plebiscito deste domingo mostrou que 55,75% dos chilenos são contra o texto formulado por uma assembleia dominada pela extrema-direita. Outros 44,25% dos eleitores votaram a favor da iniciativa.

Conforme citado por Boric, essa é segunda vez em dois anos que os chilenos rejeitaram nas urnas uma proposta para substituir a atual Constituição. Em setembro de 2022, 62% dos chilenos reprovaram um projeto de Constituição elaborado por uma Assembleia Constituinte dominada pela esquerda. Naquela ocasião, o texto continha transformações profundas, apoiado pelo governo Boric.

Neste domingo, o texto avaliado reduzia o peso do Estado, podia limitar alguns direitos, como o aborto terapêutico, e endurecia o tratamento aos migrantes. A medida sofreu dura oposição dos partidos de esquerda, que viram no documento um texto ainda mais duro do que a Constituição em vigor.

A demanda para mudar a Constituição do país iniciou há pelo menos quatro anos, quando milhares de chilenos foram às ruas em protesto por mais igualdade social. A demanda é dominada pela esquerda, que não conseguiu, no entanto, reunir apoio ao seu modelo de Constituição.

A votação deste domingo foi encerrada sem maiores problemas, mas longe da efervescência com que o processo começou, há quatro anos, devido ao cansaço da população.

(Com informações de AFP)

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