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Blinken confirma apoio dos EUA à criação de Estado palestino

Secretário de Estado americano faz turnê regional para tentar impedir que o Líbano se envolva no conflito entre Israel e o Hamas

Antony Blinken e Mahmud Abbas, da Autoridade Palestina Foto: Jaafar ASHTIYEH / POOL / AFP
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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, reafirmou, nesta quarta-feira 10, que os EUA apoiam “medidas palpáveis para a criação de um Estado palestino”.

A declaração foi dada em uma reunião o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas em Ramallah, na Cisjordânia ocupada.

Além de confirmar o apoio à solução internacional que preconiza a resolução de “dois estados” na região, Blinken insistiu que “todos os impostos palestinos coletados por Israel (deveriam) ser sistematicamente transferidos para a Autoridade Palestina, de acordo com acordos anteriores”.

O controle financeiro de Israel na região palestina, que tem bloqueado fundos, causa ainda mais dificuldades financeiras para os moradores da Faixa de Gaza e da Cisjordânia.

O comentário do secretário ocorre após diversos organismos internacionais condenarem as declarações de ministros do governo de Benjamin Netanyahu, que defenderam o deslocamento permanente dos palestinos.

O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, disse que os palestinos deveriam deixar Gaza e abrir caminho para colonos israelenses, que poderiam “fazer o deserto florescer”, enquanto o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, fez um apelo “para encorajar a migração dos residentes de Gaza” como uma “solução” à crise.

Blinken chegou ao Oriente Médio na sexta-feira 5, em uma viagem que visa evitar que o conflito entre Israel e o Hamas envolva também o Líbano.

Dias antes da viagem, o ministro israelense da Defesa, Yoav Gallant, disse que é cada vez mais curto o tempo para impedir um conflito com o Hezbollah, grupo radical libanês.

A visita do secretário tem a intenção de convencer Israel a entrar em uma nova fase militar, menos mortífera, e a iniciar um diálogo “difícil” no pós-guerra.

A cada dia, as tensões crescem na região e alimentam receios que o conflito possa se espalhar pelo Oriente Médio. Na manhã de segunda-feira 8, um ataque israelense matou um líder militar do Hezbollah.

Este líder militar “desempenhava um papel de liderança na direção das operações militares no sul”, onde as trocas de tiros entre o movimento libanês pró-Irã e o Exército israelense são quase diárias, destacou uma fonte à AFP.

Depois, o Hezbollah reivindicou dois ataques a bases militares no norte de Israel.

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