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Ministro israelense revela plano para a Faixa de Gaza depois da guerra

O plano projeta não haverá ‘nem Hamas’ nem ‘administração civil israelense’ no território palestino

Registro de ataque israelense a Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 3 de janeiro de 2024. Foto: AFP
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O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, apresentou, nesta quinta-feira 4, um plano de “pós-guerra” para a Faixa de Gaza, segundo o qual não haverá “nem Hamas” nem “administração civil israelense” no território palestino.

Gallant apresentou as linhas gerais do plano à imprensa antes de submetê-lo ao gabinete de guerra do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que tem estado dividido nas últimas semanas sobre o curso da guerra contra o Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2007.

Segundo o plano, as operações no território “vão continuar” até a “devolução dos reféns”, o “desmantelamento das capacidades militares e do governo do Hamas” e “a eliminação das ameaças militares na Faixa de Gaza”.

Essa será seguida de outra fase, a do “dia depois” da guerra, na qual “o Hamas não vai controlar Gaza”, de acordo com o plano, que ainda não foi adotado pelo governo.

O ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, pediu na segunda-feira o retorno dos colonos judeus a Gaza após a guerra e um “incentivo” aos palestinos para emigrar, após um chamado similar de seu colega de extrema-direita Bezalel Smotrich.

Mas Gallant afirmou hoje que “não haverá presença civil israelense na Faixa de Gaza uma vez que os objetivos da guerra tenham sido alcançados”. Contudo, esclareceu que o Exército vai manter sua “liberdade de ação” no território para enfrentar qualquer ameaça.

“Os habitantes de Gaza são palestinos. Em consequência, entidades palestinas vão se encarregar [da gestão] com a condição de que não haja nenhuma ação hostil ou ameaça contra o Estado de Israel”, acrescentou Gallant.

No entanto, ele não detalhou quais palestinos vão governar o território de 2,4 milhões de habitantes.

O plano do ministro da Defesa foi apresentado na véspera de uma visita ao Oriente Médio do secretário de Estado americano, Antony Blinken, em busca de conter a propagação da guerra entre Israel e Hamas.

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