Biden quer ampliar para US$ 500 milhões o repasse dos EUA para o Fundo Amazônia

O pedido de aumento dos repasses precisa do aval do Congresso, que será notificado nesta quinta-feira das intenções do político democrata

Lula e Joe Biden. Foto: Ricardo Stuckert

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciará, nesta quinta-feira 20, a intenção de ampliar para 500 milhões de dólares a participação do seu país no Fundo Amazônia. A ampliação será anunciada no Fórum das Principais Economias sobre Energia e Clima, que terá participação de Lula (PT). O valor precisa ser autorizado pelo Congresso dos EUA.

A intenção de ampliação dos recursos consta em um comunicado emitido pela Casa Branca, que informa que a formalização do pedido de Biden aos congressistas será feito nesta quinta-feira. Em reais, o montante representa cerca de 2,5 bilhões. A intenção é que o valor seja distribuído ao longo dos próximos 5 anos.

De acordo com o comunicado, Biden também fará um apelo para que outros países façam adesão ao fundo de preservação das florestas. O montante previsto inicialmente pelos EUA ao anunciar sua participação no Fundo, em fevereiro deste ano, era de 50 milhões de dólares – cerca de 250 milhões de reais. Naquela ocasião, o montante causou decepção na administração brasileira.

Além dos EUA, a Noruega e a Alemanha integram o Fundo Amazônia. O Reino Unido também já confirmou que estuda a possibilidade de adesão ao grupo. Há, ainda, possibilidade de que a França e a União Europeia passem a contribuir com o fundo.

Importante lembrar, ainda, que o Fundo Amazônia chegou a ser desativado em 2019, na gestão de Jair Bolsonaro (PL), pela falta de compromissos do governo brasileiro em ações de combate ao desmatamento. A retomada dos recursos só aconteceu após a vitória de Lula na última eleição.

Não está claro, pelo comunicado, quando foi tomada a decisão de Biden de solicitar um aumento nos recursos destinados ao Fundo e nem as motivações do norte-americano com a ampliação. O comunicado, vale ainda citar, ocorre após uma série de discordâncias públicas entre Brasil e Estados Unidos sobre a guerra da Ucrânia. O impasse começou após a ida de Lula à China, quando Lula responsabilizou os EUA e a Ucrânia pela guerra, e se ampliou com a recepção do chanceler de Vladimir Putin, Sergey Lavrov, em Brasília no início da semana.


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