Mundo
Apesar de tensão e medo, brasileiros que tentam sair de Gaza estão bem, diz embaixador
Embaixada ficou um dia sem notícias, com o blecaute nas telecomunicações
A Embaixada do Brasil na Palestina declarou, neste sábado 28, que os 22 brasileiros tentam sair da Faixa de Gaza estão bem, apesar da tensão e do medo.
Em mensagem por telefone, o embaixador Alessandro Warley Candeas comunicou que conseguiu contato com os brasileiros, após um dia sem notícias com o blecaute nas telecomunicações. Um motorista do escritório do Brasil na Cisjordânia também verificou a situação in loco, segundo o diplomata.
“Apesar do clima permanente de tensão e medo, todos os brasileiros estão bem, com alimento, água e gás para os próximos dias”, informou o embaixador.
Junto aos brasileiros, estão mais 10 palestinos em processo de imigração. Do grupo de 32 pessoas, 17 são crianças, nove mulheres e seis homens adultos.
Oito crianças, quatro mulheres e quatro homens estão em Rafah, enquanto nove crianças, cinco mulheres e dois homens estão em Khan Younes. As cidades ficam no sul de Gaza.
O grupo tenta ultrapassar a fronteira com o Egito, mas a falta de uma pausa nos bombardeios impossibilita o deslocamento. Neste sábado, as forças de Defesa de Israel intimaram a população do norte de Gaza a se mudar para o sul imediatamente, por conta do início da operação terrestre de invasão territorial.
Ainda segundo o embaixador, o grupo solicitou a compra de alguns mantimentos a mais. A representação brasileira disse estar providenciando os recursos e destacou que os preços quase triplicaram.
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 7,7 mil palestinos já foram mortos por Israel no local, sendo que a maioria é de crianças e mulheres. A continuidade de uma operação terrestre aumenta os riscos de que esse número suba, segundo analistas internacionais.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.