Um cidadão americano de ascendência haitiana foi preso, nesta quinta-feira 8, por supostamente estar relacionado com o assassinato do presidente haitiano Jovenel Moïse.
O ministro das eleições e relações interpartidárias do Haiti, Mathias Pierre, identificou o cidadão americano James Solages, descrito como descendente de hatianos. Ele teria dito ao jornal americano The Washington Post que pelo menos um outro detido também é considerado haitiano-americano. Com as novas detenções, o número de capturados chegou a seis. Outros quatro suspeitos foram mortos em um tiroteio.
Pierre compartilhou um vídeo de dois suspeitos sendo presos e pessoas protestando ao redor. Ele afirmou que os suspeitos estavam detidos em uma delegacia de polícia na capital, Porto Príncipe. O local estaria cercado por uma multidão enfurecida.
“As unidades especiais estão tentando proteger a delegacia, porque a população está muito louca e está tentando chegar até eles, para queimá-los”, disse. “Estamos tentando evitar isso.”
As autoridades não divulgaram os nomes dos outros detidos, mas o ministro das Comunicações do Haiti, Pradel Henriquez, os descreveu como “estrangeiros”.
Além do Sr. Solages, nenhum dos outros suspeitos mortos ou capturados foi identificado e as evidências de suas ligações com o assassinato ainda não foram divulgadas. A polícia continua as buscas por outros invasores. Três policiais mantidos como reféns foram libertados depois que a polícia cercou e limpou o esconderijo suspeito.
A motivação para o assassinato ainda não está clara para as autoridades policiais do país. O Haiti tem enfrentado violência crescente durante um impasse político nestes últimos meses. Moïse, empresário que assumiu o cargo em 2017, governou por decreto após a dissolução do parlamento em janeiro de 2020; oponentes e manifestantes exigiram que ele renunciasse. Gangues armadas com alianças pouco claras assumiram o controle de áreas crescentes do país, aterrorizando a população com sequestros, estupros e assassinatos.
Também não está claro quem está agora no comando do Haiti. Moïse deveria nomear Ariel Henry, como primeiro-ministro na quarta-feira 7, dia do assassinato, para substituir o primeiro-ministro em exercício Claude Joseph.
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