Mundo

A nova proposta do Hamas para acabar com a guerra em Gaza

O plano do grupo prevê uma trégua de 135 dias, envolve a troca de reféns e a reconstrução do enclave

Soldados israelenses em Gaza, destruida pela guerra. Foto: Israeli Army / AFP
Apoie Siga-nos no

O Hamas propôs, nos últimos dias, uma nova proposta para encerrar o conflito travado com Israel na Faixa de Gaza. Os detalhes do plano foram revelados nesta quarta-feira 7 pela agência internacional de notícias Reuters.

A proposta foi, segundo a publicação, alinhada com Egito e Catar e acalmaria as tensões na regiões por ao menos quatro meses. A ideia desenhada no plano, ainda preliminar, é trocar reféns com Israel e iniciar uma reconstrução do enclave destruído pelos bombardeios. A ajuda humanitária também está abarcada no plano.

De acordo com a agência, o Hamas dividiu sua proposta de cessar-fogo em três etapas. Cada uma com 45 dias.

Na primeira etapa do plano o Hamas libertaria todas as mulheres e homens com menos de 19 anos nos primeiros 45 dias. Doentes e idosos também seria soltos nesse período. Em troca, prevê o grupo, Israel também libertaria mulheres e crianças palestinas aprisionadas.

Já na segunda fase, o Hamas iniciaria a soltura dos homens mantidos reféns em Gaza. A ideia é que a soltura se alongue até o final dos 135 dias. A libertação dos outros presos em Israel também aconteceria no mesmo ritmo. A previsão é que 1.500 palestinos presos, inclusive os condenados à prisão perpetua, sejam liberados no acordo.

A reta final, aponta a proposta revelada pela agência, serviria para alinhar os termos do acordo definitivo que colocaria fim na guerra. Durante todo o período, pede o Hamas, os militares de Israel devem deixar Gaza. A trégua serviria para que a região fosse reconstruída e a ajuda humanitária, hoje escassa, também pudesse ser ampliada.

Corpos e restos mortais que estão na região também seriam entregues nos 135 dias.

Israel ainda não indicou sua posição sobre a proposta, que também deve ser alinhada com os Estados Unidos, principal financiador do conflito. Os termos revelados pela Reuters, aponta a publicação, deverão estar na mesa durante as conversas de Antony Blinken, secretário de Estado norte-americano que está no Oriente Médio justamente para avançar em uma negociação de trégua mais prolongada.

Blinken desembarca em Israel para tratar de uma possível trégua no conflito.
Foto: Mark Schiefelbein / POOL / AFP

Há, ainda segundo a agência, uma oferta do Hamas sobre o seu papel durante a trégua e quais compromissos o grupo estaria disposto a assumir com Israel para pôr fim ao conflito. Os detalhes neste caso, no entanto, não foram revelados.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo