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O balanço da primeira noite do decreto de ‘conflito interno armado’ no Equador

O presidente do país, Daniel Noboa, determinou que as Forças Armadas atuem pela neutralização de grupos criminosos na região

Soldados equatorianos em frente à TV Televisión, após criminosos invadirem a emissora. Foto: STRINGER / AFP
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Pressionado pela fuga da prisão de José Adolfo Marcías, conhecido como Fito, líder do principal grupo criminoso do Equador, restou ao presidente do país, Daniel Noboa, declarar estado de exceção no país e, em seguida, colocar as tropas das Forças Armadas nas ruas para tentar conter a crise de violência. 

O resultado da crise, até agora, é que dez pessoas já foram mortas em conflitos. Mais: episódios de violência vêm sendo registrados em diversas cidades do país, como os sequestros de sete policiais e os vários casos de queima de veículo. 

Além disso, homens encapuzados e armados invadiram a sede da emissora TC Televisión, durante um programa ao vivo, em Guayaquil.

As mortes registradas aconteceram em Guayaquil ou em regiões próximas, a exemplo de Nobol. Uma das vítimas em Guayaquil, por exemplo, foi morta em um centro comercial, e uma outra em Pasquales.

As autoridades equatorianas tentam lançar mão do poder conferido pelas determinações presidenciais, realizando prisões para tentar contornar o descontrole da violência. 

Prisões durante o estado de ‘conflito interno armado’ no Equador.
Foto: Handout / Ecuador´s National Police / AFP

Segundo um balanço da Polícia Nacional, divulgado na madrugada desta quarta-feira 10, setenta pessoas foram presas por terem participado do que o governo definiu como “atentados e atos terroristas”. Os dados são preliminares, mas indicam que dezessete foragidos já foram presos.

Dos sete policiais sequestrados desde a última segunda-feira 8, três já foram resgatados, segundo o mesmo informe. 

Atenção nas embaixadas

A situação do Equador, que viveu, no ano passado, uma eleição presidencial marcada pela violência, vem despertando a atenção dos países da região. O Ministério das Relações Exteriores brasileiro informou, na noite de ontem, que acompanha a denúncia de que um brasileiro teria sido sequestrado no país.

A pasta afirmou também que acompanha a crise de segurança no Equador com preocupação, condenando “as ações de violência conduzidas por grupos criminosos organizados em diversas cidades”.

O Peru, por sua vez, confirmou que vai enviar forças de segurança para a fronteira entre os dois países. Por determinação da gestão de Dina Boluarte, todas as cidades que fazem parte das zonas fronteiriças deverão estar em estado de emergência.

Na Argentina, a chanceler do governo Javier Milei, Diana Mondino, divulgou um comunicado em que manifesta respaldo às autoridades equatorianas e a Noboa pelo que definiu como “luta contra as ações do crime organizado que busca destruir o império da lei”. 

Manifestações de solidariedade também foram dadas pelos governos da Bolívia, da Colômbia, do México e do Paraguai.

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