Justiça

Zanin se declara impedido em ação sobre juiz que processou famosos no caso Mari Ferrer

A relatoria do mandado de segurança da União Brasileira de Mulheres ficará com Luiz Fux

Zanin se declara impedido em ação sobre juiz que processou famosos no caso Mari Ferrer
Zanin se declara impedido em ação sobre juiz que processou famosos no caso Mari Ferrer
Ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal. Foto: Gustavo Moreno/STF Ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal. Foto: Gustavo Moreno/STF
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O ministro do Supremo Tribunal Federal Cristiano Zanin se declarou, nesta quarta-feira 18, impedido de analisar um mandado de segurança da União Brasileira de Mulheres contra o arquivamento de um caso de suposto assédio judicial atribuído ao magistrado Rudson Marcos, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

Por ter participado como advogado de ações ligadas ao episódio — antes de compor o STF —, Zanin se retirou do julgamento. A relatoria, então, ficou com o ministro Luiz Fux.

Em agosto, o então corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, arquivou um processo disciplinar contra o Rudson Marcos, juiz do caso Mari Ferrer.

A ação havia sido movida pela UMB, que acusa Marcos de assédio judicial por abrir pelo menos 160 processos contra figuras públicas que usaram a hashtag #EstuproCulposo em meio ao julgamento do processo.

Na ocasião, os advogados do juiz catarinense afirmaram ao CNJ que a repercussão do caso gerou “verdadeiros ataques à imagem do magistrado através da divulgação de fatos desonrosos e falsos”. Além disso, sustentou que Marcos desistiu da maioria dos processos e que outros foram arquivados.

Em 2018, Mariana Ferrer acusou o empresário André de Camargo Aranha de estupro em um clube de luxo em Florianópolis (SC). Dois anos depois, ele foi absolvido por Rudson Marcos.

A expressão “estupro culposo” ganhou repercussão nas redes sociais após os argumentos usados pelo promotor Thiago Carriço de Oliveira serem divulgados pela imprensa. Nas gravações, ele tenta defender a tese de que o empresário não teve a intenção de cometer um crime.

Ao acionar o STF, a UBM afirmou que a decisão do ministro do CNJ Mauro Campbell de rejeitar um recurso contra o arquivamento representou uma violação ao devido processo legal, ao direito de ampla defesa e ao acesso à Justiça, uma vez que a demanda não chegou ao plenário do CNJ.

Não há prazo para Fux tomar alguma decisão sobre o mandado de segurança apresentado pela entidade.

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