Justiça

Vale e BHP propõem pagamento de R$ 127 bilhões pelo desastre de Mariana

O acordo contempla obrigações passadas e futuras em um total de “127 bilhões” de reais, cerca de 25 bilhões de dólares, para uma reparação definitiva dos danos, afirmou a Vale

Mariana. Sem poder pescar nem cultivar em determinadas áreas, muitas famílias perderam a principal fonte de sustento – Imagem: Christophe Simon/AFP e Gabrielle Pompeu Sodré/MAB
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As mineradoras Vale e BHP, donas da Samarco, apresentaram à Justiça uma proposta para pagar cerca de 127 bilhões de reais em indenização pelo rompimento, em 2015, de uma barragem em Mariana, em Minas Gerais, que deixou 19 mortos.

O acordo contempla obrigações passadas e futuras em um total de “127 bilhões” de reais, cerca de 25 bilhões de dólares, para uma reparação definitiva dos danos, afirmou a Vale nesta segunda-feira (29) em comunicado ao mercado em relação a informações divulgadas na imprensa sobre esta proposta.

O rompimento da barragem de Fundão, pertencente à Samarco, que afetou a cidade de Mariana, matou 19 pessoas e causou o pior desastre ambiental da mineração do país, ao despejar 40 milhões de metros cúbicos de lama tóxica no rio Doce e no oceano Atlântico.

A enxurrada de lama devastou localidades, incluindo comunidades indígenas, e a área em seu percurso de 650 km ao longo do rio até o oceano.

A proposta das gigantes brasileira e anglo-australiana visa alcançar a “pacificação social”, acrescenta o documento assinado por Gustavo Duarte Pimenta, vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores da Vale.

Mas deverá ter a aprovação de todas as partes, caso contrário serão negociadas novas condições.

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