O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, pode levar o caso da suspeição do ex-juiz Sergio Moro a julgamento na Segunda Turma da Corte nesta terça-feira 9, mesmo após Edson Fachin anular todos os processos contra o ex-presidente Lula por entender que não cabia à Lava Jato de Curitiba julgar os casos.
Foi Mendes quem pediu vista no processo que analisa a parcialidade de Moro e já havia avisado que levaria a discussão à Turma ainda neste semestre.
Por enquanto votaram contra a suspeição de Moro a ministra Carmém Lúcia e o o ministro Edson Fachin. Os próximos a votarem são Mendes, Ricardo Lewandowski e o recém chegado Kassio Nunes Marques,indicado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Se a maioria entender que Moro foi parcial, todo o processo de Lula pode ser anulado sem a chance de se aproveitar as provas e os depoimentos colhidos pela Lava Jato, possibilidade essa deixada em aberto na decisão de Fachin.
Além disso, todos os outros julgamentos de Moro poderão ser anulados pelos mesmos motivos.
A segunda turma inicia seus trabalhos desta terça-feira às 14h.
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