Justiça
Robinho aconselhou amigo a voltar para o Brasil: ‘Pelo menos tu não fica em cana’
O jogador foi condenado na quinta-feira 10 em segunda instância, na Itália, por estupro coletivo
Um áudio que consta no processo contra o jogador Robinho, condenado em segunda instância nesta quinta-feira 10 pelo Tribunal de Apelo de Milão por estupro coletivo, revela o brasileiro aconselhando um amigo, também envolvido no caso, a voltar para o Brasil.
“Cara, você quer um conselho? Não vai nem lá, volta pro Brasil, pelo menos tu não fica em cana. (Risos)”, disse o jogador a Ricardo Falco, convocado a depor à polícia.
A escuta telefônica, autorizada pela Justiça italiana, foi realizada um ano antes da decisão em segunda instância. Os áudios foram obtidos pelo UOL.
Robinho usa termos depreciativos e ri ao relatar os acontecimentos que o levaram a ser condenado. “Então, por exemplo, se ela não teve filho, é a palavra dela contra a da gente, não tem como ela acusar, agora se ela teve filho é puxado, hein”, disse o jogador a seu amigo.
Em outro momento da conversa, o jogador confirma sua participação no caso. Robinho diz ao amigo que chegou “lá” e “os cara tava trabalhando”.
Robinho continuará em liberdade, uma vez que pode recorrer da decisão levando o caso à terceira instância na Justiça italiana, a Corte de Cassação, equivalente ao Supremo Tribunal Federal (STF) no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.



