Justiça

Presidente da Frente Nacional de Prefeitos cobra STF sobre liminar que abriu igrejas na Páscoa

‘Essa flagrante contradição atrapalha o enfrentamento à pandemia’, escreveu Jonas Donizete em rede social sobre decisão de Nunes Marques

Presidente da Frente Nacional de Prefeitos cobra STF sobre liminar que abriu igrejas na Páscoa
Presidente da Frente Nacional de Prefeitos cobra STF sobre liminar que abriu igrejas na Páscoa
(Foto: Fellipe Sampaio/SCO STF)
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Em mensagem escrita neste domingo 04 nas redes sociais, o presidente da Frente Nacional dos Prefeitos, Jonas Donizete, cobrou o ministro Luiz Fux e o Supremo Tribunal Federal (STF) de se posicionarem a respeito da liminar do ministro Nunes Marques favorável a uma ação da Associação Nacional dos Juristas Evangélicos (Anajure).

Na noite do sábado, Marques decidiu que igrejas e templos poderiam abrir neste domingo de Páscoa independente de decretos restritivos de estados e municípios.

“Proibir pura e simplesmente o exercício de qualquer prática religiosa viola a razoabilidade e a proporcionalidade. Antes, é possível a harmonização da liberdade religiosa com medidas preventivas também reconhecidamente eficientes no combate à pandemia”, dizia a liminar do ministro.

Donizete, por outro lado, acredita que há contradição entre a decisão do ministro e a interpretação do Plenário da Corte de que os entes federativos possuem autonomia para decisões sobre as restrições de circulação durante a pandemia, tomada há quase um ano.

“Essa flagrante contradição atrapalha o enfrentamento à pandemia em um país federado e de dimensões continentais como o nosso.”, escreveu o ex-prefeito de Campinas no Twitter. Apesar da crítica, ele recomendou que todos os prefeitos sigam a determinação vinda do ministro do Supremo.

Não foi o caso do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD). O prefeito afirmou que a capital mineira continuaria sob as regras do decreto municipal, que fechou igrejas, templos e outros estabelecimentos devido ao aumento de casos e óbitos por Covid-19 em quase todo o País.

Em resposta a um tuíte de Kalil, Nunes Marques intimou-o a prestar explicações, em até 24h, sobre as razões para o descumprimento da liminar.

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