Justiça

Polícia identifica suspeito de matar o serial killer Pedrinho Matador, executado a tiros em SP

O mandado de prisão ainda não foi cumprido e o suspeito é considerado foragido

Pedrinho Matador - Reprodução/Internet
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A Polícia Civil de Mogi das Cruzes (SP) investiga se há participação do Primeiro Comando da Capital, o PCC, na morte do serial killer Pedro Rodrigues Filho, conhecido como Pedrinho Matador. O caso corre sob sigilo.

Um dos suspeitos do assassinato foi identificado e teve o mandado de prisão expedido pela Justiça, que já o considera foragido, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

Pedrinho Matador é apontado como o maior assassino em série do Brasil – a ele são atribuídos ao menos cem crimes. Ele foi morto, aos 68 anos, em 5 de março.

De acordo com a polícia, o serial killer foi atingido por seis tiros enquanto estava em frente à casa de sua irmã, na rua José Rodrigues da Costa, em Mogi das Cruzes. Na sequência, foi degolado. O Samu chegou a ser acionado, mas Pedrinho morreu no local.

As investigações identificaram um veículo Gol preto supostamente envolvido no assassinato, mas ainda tentam chegar às motivações. Um dos autores do crime utilizava uma máscara do personagem Coringa, segundo relato de uma testemunha.

Natural de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, Pedrinho cometeu o primeiro crime aos 13 anos, quando empurrou um primo em um moedor de cana e depois o cortou com um facão. Um ano depois, matou o vice-prefeito de Alfenas, também em Minas, e um vigia da escola onde o seu pai trabalhava.

Depois dos primeiros crimes, o serial killer fugiu para São Paulo, onde ficou conhecido por roubar bocas-de-fumo e matar pessoas ligadas ao tráfico. Com o tempo, ele se tornou um dos líderes do tráfico na região e continuou assassinando rivais.

Foi preso aos 18 anos, em 1973, e, à época, acabou condenado a 128 anos de prisão. No sistema prisional, continuou colecionando crimes, a exemplo do assassinato de um homem condenado por estupro durante a transferência entre presídios.

Pedrinho foi solto em 2007, mas quatro anos depois foi novamente condenado por crimes em motim e cárcere privado, cometidos durante sua passagem pela cadeia. Ele teve de retornar à prisão e cumprir mais oito anos. Em 2018, foi liberado novamente, após cumprir 42 anos de pena.

Após deixar a prisão, Pedrinho criou um canal no Youtube chamado Pedrinho ex-matador oficial, no qual “conscientizava” pessoas sobre o crime. Com a visibilidade na plataforma, ele participou de diversos podcasts contando sua trajetória e concedeu entrevistas sobre a criminalidade no Brasil.

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