Polícia do RS indicia possíveis responsáveis por tortura de suspeitos de furto em mercado

Os dois alvos de tortura teriam furtado dois pacotes de picanha no valor de 100 reais cada

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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul indiciou nesta quinta-feira 15 sete possíveis responsáveis pelos crimes de tortura e extorsão mediante sequestro praticados contra dois homens suspeitos de furtar pacotes de picanha de um supermercado de Porto Alegre. 

São eles o gerente Adriano Dias, o subgerente Jairo da Veiga, o primeiro-tenente da reserva Gilmar Cardoso Rodrigues, os soldados Gustavo Henrique Inácio Souza Dias e Romeu Ribeiro Borges Neto outros dois seguranças da empresa Glock que não tiveram os nomes revelados. 

“É um caso que choca, de uma situação que se repete. Não cabe a seguranças tentar fazer justiça com as próprias mãos. É necessário que seja feito o devido encaminhamento para que, dentro da lei, haja a responsabilização. Essa é a forma correta de conduzir situações como essa”, argumentou o delegado Robertho Peternelli, responsável pelo caso.

Os dois alvos de tortura teriam furtado dois pacotes de picanha no valor de 100 reais cada. Após o flagrante da equipe de segurança, eles foram espancados durante 45 minutos no depósito do supermercado.

Segundo a polícia, 31 câmeras de segurança gravaram o ocorrido e, mesmo após tentativa de queima de arquivo, a perícia conseguiu recuperar as imagens.

Os indiciados serão investigados pelo crime de tortura e extorsão mediante sequestro porque foram impedidos de sair do local até que pagassem um valor em dinheiro exigido pelos indiciados. 


Os advogados de defesa dos ex-funcionários disseram que não vai se manifestar sobre o caso. A rede Unisuper de supermercado e a empresa Glock ainda não se posicionaram. 

 

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