Justiça
Nunes Marques suspende decisão da CPMI que quebrou sigilos de Silvinei Vasques
Comissão recebeu informações bancárias, fiscais, telefônicas e telemáticas do ex-chefe da PRF, mas não poderá utilizar os dados no relatório final
O ministro do Supremo Tribunal Federal Kassio Nunes Marques suspendeu a decisão da CPMI do 8 de Janeiro que determinou a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal.
O ministro entendeu que os argumentos utilizados para amparar a aprovação do requerimento é amplo e genérico, não tendo especificado as condutas a serem apuradas mediante os dados requeridos.
O magistrado ainda pontuou que “não há situação concreta relacionada ao impetrante que legitime a suspeita de que ele teria cometido ilícitos ligados aos eventos de 8 de Janeiro”.
Nunes Marques afirma, ainda, que há informações solicitadas “que se fornecidas, representarão evidente risco de violação injustificada da privacidade, e não apenas do impetrante mas também de terceiros que nem sequer são investigados”.
Apesar da suspensão, as informações requeridas já foram apresentadas à CPMI. No entanto, elas não poderão ser utilizadas no relatório final do colegiado.
A íntegra da decisão:
decisão nunes marquesApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Manobra de presidente da CPMI para convocar membro da Força Nacional fracassa em votação
Por CartaCapital
As prioridades de governistas e bolsonaristas na reta final da CPMI do 8 de Janeiro
Por Victor Ohana
STF condena mais três pelo 8 de Janeiro; penas variam de 12 a 17 anos
Por CartaCapital



