Justiça

Nós temos Lado

Somos um grupo de 21 escritórios de advocacia unidos pela defesa dos direitos humanos, dos trabalhadores e das organizações sindicais

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O mundo da advocacia passa por inúmeras transformações. Dominado por grandes e médias bancas que, em geral, defendem os interesses de grandes empresas e corporações, convive com pequenos e médios escritórios, além de uma enorme quantidade de advogados que realizavam, até há bem pouco tempo, atividade isolada e autônoma.

A “modernidade” transforma escritórios em empresas, utilizando os últimos e mais modernos sistemas de treinamento, gestão, governança e tecnologia. As consultorias, startups e prestadores de serviços que dão suporte a estes escritórios, tem um negócio bastante lucrativo – por exemplo, a Associação Brasileira de Lawtechs conta em sua página cerca de 130 Lawtechs e Legaltechs atuando no País. Todos têm muito claro o foco de necessidades vinculado, em última análise, ao atendimento dos interesses de modernização, produtividade e, especialmente, diminuição de custos para as empresas contratantes.

Há, portanto, uma lógica de reorganização da advocacia corporativa que atende à lógica das transformações do mundo, dotando as grandes corporações nacionais e transnacionais de mecanismos jurídicos ágeis para o atendimento de seus interesses.

Os escritórios de advocacia que não se encaixam neste “ecossistema” não são enxergados por ele.

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Acabam por trilhar um caminho mais difícil para o enfrentamento destes novos tempos de rápida evolução tecnológica e uso intensivo de robôs e inteligência artificial. Longe vai o tempo das máquinas de escrever manuais com suas fitas rubro-negras.

Para que os escritórios se mantenham relevantes para seus clientes e preparados o mundo de hoje e de amanhã, exige-se nova forma de abordagem e organização. Exige pensar o trabalho compartilhado e em rede, a partir de visão moderna “sem perder a ternura”.

Foi, de um lado o desconforto com um tipo de advocacia aparentemente descomprometida e tecnocrática e a necessidade de dotar os “ignorados pelo sistema” da mais alta tecnologia, inteligência e capacidades integradas a serviço da defesa dos direitos em especial e fundamentalmente daqueles que são excluídos de ter direitos, que uniram 21 escritórios de advocacia, abrangendo diversos estados do Brasil. Nossa identidade política, pessoal e profissional está baseada no comprometimento com a democracia, com os movimentos sociais e a defesa do trabalho.

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A criação de uma Rede supriu esta necessidade: os escritórios mantêm sua individualidade e autonomia, porém passam a ter um espaço de atuação conjunta, em que podem trocar experiências profissionais, técnicas e administrativas, de forma transparente, consolidando um conceito de advocacia comprometida, militante, ágil, cooperativa, compartilhada e tecnologicamente a serviço de um ecosistema que preserva os valores humanistas essenciais à advocacia.

Nossos escritórios estão todos do mesmo Lado: são vocacionados à defesa dos direitos humanos, da cidadania, da solidariedade, do direito dos trabalhadores e de suas organizações sindicais. Têm os mesmos valores, as mesmas noções de cidadania, defendem uma sociedade igualitária.

Por esse motivo, nossa Rede se chama Lado. Acreditamos na democracia e nos movimentos sociais e com eles somos comprometidos. Estamos fortalecendo uma rede horizontal, democrática, inovadora, ideologicamente comprometida com uma visão de sociedade mais igualitária, democrática e fraterna. Acreditamos no sonho de um novo tempo. Acreditamos que a Editoria de Justiça da CartaCapital sonham com esse mesmo tempo. Estamos do mesmo Lado. Vida longa à Editoria de Justiça e que sirva de reflexão e crítica para consolidar uma democracia inclusiva, solidária e emancipatória.

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