Justiça
Moraes vota para condenar mais 15 pessoas por participação no 8 de Janeiro
Outros 86 participantes dos atos golpistas já foram condenados pela Suprema Corte


O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, votou para condenar mais 15 réus pela participação na tentativa de golpe no 8 de Janeiro de 2023, em Brasília. O voto foi oficializado por Moraes no sistema do plenário virtual do STF na madrugada desta sexta-feira 23.
O julgamento vai até o dia 1º de março, data limite para que os demais ministros oficializem suas posições no sistema virtual do tribunal.
As penas propostas pelo ministro relator para os bolsonaristas nesta sexta-feira variam de 14 a 17 anos de prisão. Novamente, ele propôs que eles arquem com os prejuízos causados na tentativa de golpe e danos morais, num montante estimado em 30 milhões de reais. O valor deve ser pago de forma solidária por todos os condenados.
Esse é o quarto bloco de processos dos envolvidos nos atos golpistas que depredaram os prédios sedes dos Três Poderes em Brasília julgado em 2024. Ao todo, até agora outros 86 réus dos atos golpistas já foram condenados pela Suprema Corte.
Os réus julgados pelo STF nessa sexta respondem pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Veja abaixo os nomes e as penas de cada um:
- Bruno Guerra Pedron – 17 anos
- Antônio Carlos de Oliveira – 14 anos
- Barquet Miguel Júnior – 14 anos
- Gesnando Moura da Rocha – 17 anos
- Nelli Ferronato Pelle – 17 anos
- Pedro Henrique Gaudencio da Silva – 17 anos
- Paulo Eduardo Vieira Martins – 14 anos
- Luzinei Tuzi Casagrande Hilebrand – 14 anos
- Deivison Barbosa Lopes – 17 anos
- Iraci Megumi Nagoshi – 14 anos
- Dirceu Ribeiro da Assunsão – 14 anos
- Kingo Takahashi – 17 anos
- Lucenir Bernardes da Silva – 14 anos
- João Antônio Pereira – 14 anos
- Maria do Carmo da Silva – 14 anos
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Valdemar destoa de Bolsonaro e responde a perguntas da PF sobre trama golpista
Por Wendal Carmo
Golpismo de renda
Por André Barrocal
Exército confirma o afastamento de militares presos em operação da PF sobre plano golpista
Por Wendal Carmo
Bolsonaro se mantém calado em depoimento à PF sobre trama golpista
Por CartaCapital