Justiça

Moraes será o relator do caso Marielle Franco no STF

Ministro será o responsável por todos os casos que possam ter conexão com os homicídios da vereadora e do motorista Anderson Gomes

O ministro do STF Alexandre de Moraes. Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF
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O ministro Alexandre de Moraes foi sorteado como o relator do caso Marielle Franco no Supremo Tribunal Federal. Ele será o responsável pelas investigações relacionadas ao tema, que buscam responsabilizar os envolvidos no crime e, principalmente, elucidar as motivações e o mandante do atentado.

O inquérito chegou no STF na quinta-feira 14, por determinação do ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça, após novas provas apontarem o suposto envolvimento de um parlamentar federal, com privilégio de foro por prerrogativa de função.

O nome do parlamentar citado nas investigações do STJ não foi relevado, assim como também não se sabe até o momento o grau de envolvimento dessa autoridade no crime. O caso tramita em segredo de Justiça.

A escolha do ministro relator foi feita por sorteio, realizado na noite de ontem, entre o nome dos dez ministros que compõe a Corte. O presidente da Casa, ministro Luís Roberto Barroso, não participou da distribuição por determinação do Regimento Interno da Corte. 

Os procedimentos envolvendo o assassinato de Marielle e Anderson Gomes estavam antes sob relatoria da ministra Rosa Weber. Com a sua aposentadoria, em outubro do ano passado, em tese seus casos passariam, originalmente, para seu substituo, Flávio Dino. No entanto, o substituto não herda a prevenção dos casos, apenas os processos já em andamento. 

Com o sorteio, Moraes será agora o responsável por todas as ações e investigações que tiverem conexões com o crime, que também envolve a morte do motorista Anderson Gomes.

Moraes assume o caso em uma fase ‘promissora’, após inércia de cerca de cinco anos. Isso porque, no ano passado, um dos envolvidos optou pela delação. Trata-se de Élcio Queiroz, motorista do carro que perseguiu a vereadora. A delação já foi homologada pela Justiça e resultou em novas prisões.

Os investigadores também tentam uma delação do ex-policial Ronnie Lessa, apontado como o autor dos disparos. Ele já fez revelações, como parte inicial deste acordo. Elas, porém, ainda não foram homologadas pela Justiça, na figura de Moraes. 

O crime completou seis anos nesta semana e é uma das pautas prioritárias da Polícia Federal. Mesmo com a remessa dos autos para o STF, a equipe da PF que investigou o caso até o momento continuará na condução das diligências. 

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