O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, remarcou para o dia 2 de fevereiro um novo depoimento de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.
Havia a expectativa de que o ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) fosse ouvido ainda nesta segunda-feira 23, no entanto, a medida ainda não havia sido autorizada pelo magistrado.
A justificativa da nova data seria para que a defesa de Torres tivesse tempo necessário para a “análise dos autos antes do interrogatório”.
O ex-secretário está preso desde o dia 14 de janeiro, investigado por omissão nos atos terroristas que depredaram os prédios dos Três Poderes, em Brasília, no último dia 8.
Segundo o interventor do DF, Ricardo Cappelli, Torres teria exonerado funcionários da inteligência da Secretária de Segurança dias antes dos ataques, deixando o órgão “acéfalo” e indo viajar para os Estados Unidos, ainda antes do seu período de férias.
Apesar de negar as acusações, o ex-ministro se manteve em silêncio durante seu primeiro interrogatório à Polícia Federal, na última quarta-feira 18.
A defesa de Torres alegou que não havia tido acesso aos inquéritos relacionados com o ex-secretário e garantiu que ele “esclarecerá sob tudo que lhe for perguntado tão logo a defesa tenha acesso aos autos”.
Em operação de busca e apreensão, a PF localizou na residência de Torres a minuta de um decreto que instauraria Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral. Torres afirmou que recebeu o documento de bolsonaristas e que pretendia descartá-lo.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login