Moraes atende pedido da PF e dá mais 180 dias para conclusão do inquérito das milícias digitais

Investigação começou em julho de 2021, após o arquivamento da apuração sobre atos antidemocráticos em abril de 2020

O ministro Alexandre de Moraes, do STF e do TSE. Foto: Evaristo Sá/AFP

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, atendeu ao pedido da Polícia Federal e prorrogou por mais 180 dias a conclusão do inquérito que mira a atuação de milícias digitais contra a democracia brasileira.

No despacho publicado nesta sexta-feira 15, Moraes sustentou que a medida é necessária “considerando a necessidade de prosseguimento das investigações, com a realização das diligências ainda pendentes”. Trata-se da décima vez que o inquérito é prorrogado.

Segundo o magistrado, o inquérito foi aberto devido à “presença de fortes indícios e significativas provas apontando a existência de uma verdadeira organização criminosa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e político”.

Esse grupo, de acordo com as investigações da PF, teria a “nítida finalidade de atentar contra a Democracia e o Estado de Direito”.

A investigação começou em julho de 2021, após o arquivamento da apuração sobre atos antidemocráticos ocorridos em abril de 2020. É nesse inquérito que se apura a tentativa de um golpe de Estado supostamente articulado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.

Entre os desdobramentos estão outras investigações que miram o ex-capitão, a exemplo do suposto esquema de desvio de joias do Estado, a falsificação de cartões de vacinação e trocas de mensagens de teor golpista.


A delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, também foi homologada no âmbito desse inquérito. No celular do militar, a PF encontrou uma espécie de “passo a passo” para um golpe de Estado.

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