Justiça

Ministros do STF divergem sobre novo júri após absolvição por piedade; entenda o caso

O julgamento prosseguirá na semana que vem. O relator do processo é o ministro Gilmar Mendes

Ministros do STF divergem sobre novo júri após absolvição por piedade; entenda o caso
Ministros do STF divergem sobre novo júri após absolvição por piedade; entenda o caso
O ministro Gilmar Mendes, do STF. Foto: Evaristo Sá/AFP
Apoie Siga-nos no

O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes votou, nesta quinta-feira 26, pela impossibilidade de um tribunal de segunda instância ordenar um novo julgamento pelo Tribunal do Júri no caso de absolvição de um réu por motivos como clemência, piedade ou compaixão.

Edson Fachin e Alexandre de Moraes divergiram do relator. O julgamento prosseguirá na próxima quarta-feira 2.

Segundo o Código de Processo Penal, os jurados devem responder a três perguntas: se houve o crime, quem foi o autor e se o acusado deve ser absolvido.

A absolvição por quesito genérico ocorre quando o júri responde positivamente à terceira pergunta sem apresentar motivação e em sentido contrário às provas no processo, mesmo reconhecendo a ocorrência e a autoria do delito. Essa resposta pode se basear em clemência, piedade ou compaixão.

Para Gilmar, a possibilidade de magistrados determinarem um novo julgamento nesses casos esvaziaria a soberania do júri popular. Ele, porém, admite a apelação na hipótese de utilização da tese da legítima defesa da honra em casos de feminicídio.

Ao inaugurar a divergência, Fachin defendeu que uma corte de apelação possa mandar o Tribunal do Júri promover um novo julgamento, desde que não haja provas que confirmem a tese da defesa ou desde que seja concedida clemência a casos que não são passíveis de graça ou anistia. Moraes acompanhou o voto de Fachin.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo