Lava Jato: STJ mantém condenação de Dirceu a 27 anos de prisão

A decisão foi tomada por unanimidade pela Quinta Turma do Tribunal e chancela a sentença do TRF-4

O ex-ministro José Dirceu. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Apoie Siga-nos no

A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça manteve por unanimidade a condenação do ex-ministro José Dirceu na Lava Jato. Ele foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região a mais de 27 anos de prisão por associação criminosa, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

Na terça-feira 19, o colegiado analisou recursos de Dirceu e de outros réus da operação. Os argumentos foram rejeitados pelos ministros, que confirmaram a decisão monocrática do desembargador convocado Leopoldo de Arruda Raposo.

A alegação do Ministério Público Federal ao denunciar Dirceu é de que ele teria utilizado sua influência política para indicar e manter pessoas na Petrobras, recebendo, em troca, valores indevidos sobre os contratos firmados entre a empresa e a Engevix.

A defesa de Dirceu protocolou um agravo regimental no qual argumentou haver inépcia da denúncia pelo fato de a peça não descrever em detalhes as circunstâncias em que teriam ocorrido os crimes. Além disso, dizem os advogados, a condenação se baseou em meros indícios e violou a presunção de inocência.

O novo relator do caso, o desembargador convocado Jesuíno Rissato – que substituiu Raposo -, afirmou, porém, que a denúncia do MPF ofereceu elementos suficientes para sustentar as acusações. Rissato ainda disse que que Dirceu teria recebido mais de 15 milhões de reais em suposta propina e participado da lavagem de 10 milhões de reais.

CartaCapital entrou em contato com José Dirceu, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para a manifestação do ex-ministro.


Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.