Justiça

Justiça de Goiás condena dois homens, um deles policial, por estupro coletivo

Segundo denúncia, o caso aconteceu em outubro de 2021 no município de Águas de Lindas de Goiás

Estupro
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A Justiça de Goiás condenou dois homens, um deles um policial do Distrito Federal, pelo crime de estupro coletivo contra uma mulher no município de Águas de Lindas de Goiás.

Os acusados também foram condenados a reparar os danos morais causados pelas infrações, no valor de R$ 15 mil.

Segundo denúncia encaminhada à Justiça, em outubro de 2021, a vítima foi convidada a participar de uma festa e, na manhã do dia seguinte, resolveu dormir em um dos quartos da residência. Pouco tempo depois, o policial militar entrou no local, colocou uma arma de fogo sobre a cama em que a vítima estava dormindo, a fim de intimidá-la, e, em seguida, tiveram início os estupros sequenciais.

Na decisão, o juiz Felipe Morais Barbosa reforçou que sexo sem consentimento é estupro e que a negativa por parte da mulher pode acontecer a qualquer momento. Ainda registrou a manutenção de um “pensamento arcaico” acerca de mulheres que ingerem bebidas alcoólicas e se divertem.

“Ainda hoje, infelizmente, encontra-se arraigado no seio social o pensamento de que mulheres que fazem o uso de bebidas alcoólicas (ou outros entorpecentes) e se divertem são mulheres promíscuas. Mulheres que se distanciaram de sua feminilidade dócil, domesticada, contida e maternal. A voluptuosidade do ‘segundo sexo’, exacerbada pelo consumo de álcool, é considera moralmente vergonhosa e provocadora dos instintos animais dos homens, reavivando impulsos sexuais incontroláveis”.

“Trata-se de um pensamento arcaico do nosso paradigma hegemônico patriarcal e que precisa ser extirpado”, sentenciou.

O policial militar também foi indiciado em inquérito policial militar conduzido pela Justiça Militar do Distrito Federal, pelo crime de abandono de posto, já que se encontrava em escala de serviço como fiscal do Batalhão da Polícia Militar no exato momento em que foi preso em flagrante pela Polícia Militar de Goiás pelo crime de estupro coletivo.

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