Justiça
Justiça concede liberdade provisória para primeira delatora da Lava Jato
Nelma Kodama foi condenada pelo então juiz Sergio Moro e, atualmente, é acusada de tráfico internacional de drogas; ela deverá continuar usando tornozeleira eletrônica
A Justiça concedeu liberdade provisória para Nelma Kodama, a primeira delatora da Operação Lava Jato. A decisão foi tomada pelo desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
Kodama vivia em prisão domiciliar. Com a medida judicial, ela poderá ir às ruas, mas não vai poder sair de São Paulo, onde mora. Kodama, inclusive, deverá continuar usando tornozeleira eletrônica.
Nelma Kodama foi presa pela primeira vez em 2014, quando tentou embarcar de Guarulhos para Milão, na Itália, com 200 mil reais. Os investigadores suspeitavam que ela operava negócios irregulares para o doleiro Alberto Youssef.
Kodama chegou a ser condenada pelo então juiz Sergio Moro, aceitando fazer um acordo de delação premiada.
Anos depois, em 2022, Kodama voltou a ser presa. Dessa vez, ela estava em Portugal e foi alvo da Operação Descobrimento. A suspeita é de que ela teria participação em um esquema de tráfico internacional de drogas. O Ministério Público (MP), inclusive, já chegou a apresentar denúncia sobre o caso. Ela nega participação no crime.
A decisão que converteu a prisão domiciliar em liberdade provisória atendeu a um pedido feito em um Habeas Corpus da defesa de Kodama. O juiz do caso acolheu o argumento da defesa de que ela sofreria de um quadro de saúde delicado.
Entretanto, em seu perfil no Instagram, Kodama compartilha com frequência a sua rotina em casa. Nas redes, apresentando-se como ‘ex-doleira e empresária’, Kodama mostra receitas e degusta vinhos. Em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta quinta-feira 22, ela disse que sofre de um problema no estômago e enfrenta um quadro de depressão.
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