Justiça
Justiça aumenta pena de Ronnie Lessa por ocultação de armas usadas no assassinato de Marielle
Lessa foi preso em 2019, junto com o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz


A Justiça do Rio de Janeiro aumentou a pena do ex-policial Ronnie Lessa, um dos acusados pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A ampliação da pena se deu, conforme destaca a decisão, pela ocultação das armas utilizadas no crime.
O armamento foi lançado ao mar dias após a prisão de Lessa, em março de 2019, com a intenção de prejudicar as investigações acerca do caso.
Por unanimidade, os desembargadores do Tribunal de Justiça aumentaram a pena do ex-policial de quatro anos e meio para cinco anos.
Atualmente, Lessa cumpre pena em regime fechado no presídio de segurança máxima de Campo Grande, no Rio de Janeiro.
Outras quatro pessoas que também haviam sido condenadas pelo crime de ocultação das armas tiveram suas penas aumentadas. Entre elas, Elaine Pereira Figueiredo Lessa, esposa do ex-policial, Bruno Pereira Figueiredo, José Márcio Mantovano e Josinaldo Lucas Freitas.
Ronnie Lessa foi preso em 2019, junto com o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, acusados do duplo homicídio. Em delação premiada, Élcio confessou que dirigiu o carro usado no ataque e afirmou que Ronnie Lessa foi responsável pelos disparos contra a vereadora.
Élcio ainda apontou a participação do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa no crime, tendo ele executado ações de vigia na rotina de Marielle. Ele também teria sido o responsável pela destruição do carro usado no atentado, ocultando provas.
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