Justiça

Dias Toffoli adia julgamento de prisão em segunda instância

O presidente do STF escora-se em pedido da OAB para mais uma vez protelar a análise do caso no plenário do tribunal

Dias Toffoli adia julgamento de prisão em segunda instância
Dias Toffoli adia julgamento de prisão em segunda instância
Apoie Siga-nos no

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, adiou o julgamento das ações que discutem a possibilidade de prisão em segunda instância antes do trânsito em julgado. O julgamento estava marcado para acontecer no próximo dia 10.

A OAB havia pedido ao Supremo que adiasse a votação, pois a nova diretoria tomou posse recentemente e ainda precisa se inteirar “de todos os aspectos” envolvidos no caso.

O STF acatou o pedido e tirou da pauta da semana a discussão das ADCs 43, 44 e 54, que estão sob relatoria do ministro Marco Aurélio Mello. Além do processo da OAB, a corte julgará conjuntamente outras duas ações apresentadas pelo PCdoB e pelo Patriota. Todas elas tratam sobre o mesmo assunto.

Leia também: STF mantém prisão a partir de julgamento na 2ª instância

Desde 2016, o Supremo entende que a prisão após segunda instância é possível. Aqueles condenados por tribunais de segundo grau, como os Tribunais Regionais Federais, podem ser presos. Foi baseado nessa decisão que o ex-juiz Sérgio Moro decretou a prisão do ex-presidente Lula.

As ações que pedem para derrubar esse entendimento utilizam como argumento o artigo 283 do Código de Processo Penal, que estabelece que as prisões só podem ocorrer após o trânsito em julgado, ou seja, quando não couber mais recursos no processo.

Leia também: Reforma da Previdência revela brechas que colocam STF contra a parede

O ministro não anunciou quando será retomada essa discussão.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo