Justiça

Fux cancela retorno presencial ao Supremo devido a surto de Covid e gripe no DF

Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ainda não definiram as diretrizes de retorno

O presidente do STF, Luiz Fux. Foto: Felipe Sampaio/STF
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, decidiu nesta quarta-feira 26 cancelar o retorno presencial à Corte previsto para o próximo dia 1º de fevereiro, quando termina oficialmente o recesso judicial. A decisão também impacta a tradicional cerimônia de abertura do ano no Poder Judiciário, momento em que autoridades como o presidente Jair Bolsonaro (PL) e os presidentes do Legislativo federal comparecem à Suprema Corte, mas que ocorrerá de maneira remota neste ano.

Na portaria com as novas diretrizes, Fux também determina a prorrogação do trabalho remoto até o fim de fevereiro, “em razão dos índices elevados de transmissão e contaminação por Covid-19 e influenza no Distrito Federal”, conforme nota divulgada pelo Supremo.

A decisão será publicada no Diário da Justiça Eletrônico (DJe) na próxima quinta-feira 27. Em outubro do ano passado, Fux autorizou a retomada das atividades presenciais no Supremo mediante a apresentação do comprovante de vacinação contra a Covid-19, o chamado “passaporte da vacina”. A medida foi adotada em meio ao avanço do Programa de Operacionalização da Imunização (PNO) no País e, mesmo assim, o retorno ocorreu de maneira gradual durante o mês de novembro.

O presidente do Supremo é a primeira autoridade da praça dos Três Poderes a definir os protocolos de retomada das atividades em meio ao surto da variante Ômicron do novo coronavírus e da influenza. Os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ainda não definiram as diretrizes de retorno dos parlamentares às atividades legislativas no próximo dia 2 de fevereiro.

O Distrito Federal atingiu nesta terça 25 a ocupação máxima dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) disponíveis. Outros seis estados possuem taxas de ocupação acima de 80%, patamar considerado de risco por especialistas em saúde pública. Dados do Imperial College de Londres, referência nos estudos sobre a pandemia, constataram que a taxa de transmissão (Rt) no Brasil já é a maior desde julho de 2020, com 1,78, e segue em expansão. Isso significa que cada 100 pessoas contaminadas infectam outras 178.

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