Justiça

Estado não hesitará em usar ‘poder de polícia’ para barrar fake news, diz Lewandowski

Ministro da Justiça assinou o termo de cooperação da pasta com o TSE

Brasília (DF), 01/02/2024, O novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, recebe o cargo do antecessor na pasta, Flávio Dino, em cerimônia no Salão Negro do ministério. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, disse que o Estado brasileiro não hesitará “em usar poder de polícia” para barrar a disseminação de fake news nas eleições municipais deste ano. As declarações foram dadas nesta terça-feira 12, durante evento no Tribunal Superior Eleitoral.

Na ocasião, Lewandowski assinou o termo de cooperação da pasta com o TSE. Trata-se de uma parceria firmada no âmbito do Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia, órgão criado para monitorar notícias falsas, discursos de ódio e punir seus criadores durante as eleições.

“Muito embora esse Centro tenha esse aspecto primordial de vocação pedagógica e educativa, existe também um componente repressivo para evitarmos e reprimirmos as condutas abusivas, sobretudo os discursos de ódio, a desinformação, a divulgação de fake news”, afirmou o ministro.

O titular da Justiça e Segurança Pública ponderou, contudo, que o órgão não tem caráter de “censor” e tem o objetivo de “proteger a democracia”.

“A presença do Ministério neste ato, assinando esse acordo, significa o cumprimento do dispositivo da Constituição que diz que os Poderes são independentes, mas harmônicos entre si”, acrescentou o ministro.

Além do Ministério da Justiça, foram convidados a participar do Centro a Procuradoria-Geral da República, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

As plataformas também serão convidadas a colaborar, na segunda fase da iniciativa. Os integrantes vão trocar informações para agilizar a remoção dos conteúdos vedados e aprimorar a atuação preventiva.

Em destaque, o grupo deve agir diretamente nos ataques contra a Justiça Eleitoral, o sistema eletrônico de votação e o processo eleitoral, assim como aprimorar a implementação de ações preventivas e corretivas.

Também está previsto que o órgão irá realizar cursos, seminários e estudos para a promoção de educação em cidadania, democracia, Justiça Eleitoral, direitos digitais e combate a desinformação eleitoral.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo