Em processo com impacto bilionário, Mendonça convoca empresas da Lava Jato para conciliação sobre multas

O alcance da ação nas mãos do ministro supera o peso das decisões de Dias Toffoli

O ministro do STF André Mendonça. Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF

Apoie Siga-nos no

O ministro do Supremo Tribunal Federal André Mendonça convocou empresas envolvidas na Lava Jato e autoridades para uma audiência de conciliação sobre as multas impostas nos acordos de leniência firmados no âmbito da operação.

A audiência de conciliação está agendada para 26 de fevereiro, às 10h. 

Entre as companhias estão a Novonor (ex-Odebrecht), a holding J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, e a Engevix.

Foram convocados ainda Procuradoria-Geral da República, Controladoria-Geral da União, Advocacia-Geral da União e Tribunal de Contas da União.

A decisão de Mendonça foi expedida em uma ação apresentada por PCdoB, PSOL e Solidariedade. Os partidos argumentam que as empresas foram compelidas a firmar os acordos de leniência em desacordo com a legislação sobre o tema. 

Entre as ilicitudes, citam uma relação “perversa” entre as colaborações premiadas e os acordos de leniência, um abuso na identificação da base de cálculo das multas e a inclusão de fatos considerados de menor gravidade.


Em outra ação em trâmite no STF, o ministro Dias Toffoli suspendeu o pagamento das multas bilionárias da Odebrecht e da J&F. No entanto, a PGR recorreu das decisões e os casos seguem sem uma decisão final. 

O processo nas mãos de Mendonça tem potencial de gerar ainda mais impacto que os despachos de Toffoli, por englobar todos os acordos de leniência concretizados na operação até 2020. O objetivo dos partidos seria “afastar, de uma vez por todas, a hermenêutica punitivista e inconstitucional do lavajatismo”.

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.