Justiça

Dino determina abertura de inquérito da PF para investigar a morte de Marielle Franco

O assassinato da vereadora ocorreu há mais de 4 anos, mas segue sem solução

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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou nesta quarta-feira 22 que determinou a abertura de novo inquérito da Polícia Federal para apurar o assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, ocorrido no Rio de Janeiro em 2018.

“A fim de ampliar a colaboração federal com as investigações sobre a organização criminosa que perpetrou os homicídios de Marielle e Anderson, determinei a instauração de Inquérito na Polícia Federal”, anunciou Dino pelas suas redes sociais. “Estamos fazendo o máximo para ajudar a esclarecer tais crimes”.

Na publicação, o ministro divulgou ainda parte do ofício em que a PF determina a abertura da nova investigação.

“[A PF] resolve instaurar Inquérito Policial para apurar todas as circunstâncias que envolveram a prática do crime previsto no artigo 121, por três vezes, sendo dois na forma do artigo 14, I, e um na forma do artigo 14, II, todos do Código Penal, além de outras que porventura forem constatadas no curso da investigação”, diz o trecho principal do ofício divulgado.

4 anos sem solução

A vereadora foi morta a tiros enquanto voltava de um evento político no Rio de Janeiro em março de 2018. No curso das primeiras investigações, os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Vieira de Queiroz foram presos acusados do crime, mas o mandante e as motivações nunca foram esclarecidas.

O caso já passou por diferentes mãos na Polícia Civil e no Ministério Público do Rio de Janeiro. Durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), há suspeita de que as investigações tenham sido negligenciadas. A chegada de Lula (PT) ao poder gerou nova expectativa de solução do caso. Familiares da vereadora, que inclui a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, tornaram a discutir a federalização do caso.

Na semana passada, Dino já havia sinalizado que a PF ajudaria o Rio de Janeiro na apuração do caso. A linha auxiliar de investigação anunciada nesta quarta-feira, portanto, cumpre a promessa feita pelo ministro há poucos dias. Ao assumir a pasta, em janeiro deste ano, Dino chegou a afirmar que elucidar o assassinato da vereadora é uma questão de honra da sua gestão.

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