Justiça
Defesa de Delgatti pede ao STF que o hacker possa ficar em silêncio na CPMI do 8 de Janeiro
Walter Delgatti foi preso pela Polícia Federal em uma operação que investiga a tentativa de invasão no sistema da Justiça e inserção de documentos falsos


A defesa de Walter Delgatti Neto pediu ao Supremo Tribunal Federal para que ele possa ficar em “silêncio absoluto” durante depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do 8 de Janeiro.
O pedido está baseado no direito de não autoincriminação, conferido pela Constituição Federal.
O depoimento do hacker está marcado para esta quinta-feira 17, no Senado. Os advogados ainda pedem à Corte que Delgatti não sofra ameaças ou constrangimentos durante sua participação na sessão e que a mesma possa ser interrompida a qualquer momento em que o depoente se sinta ameaçado.
“No caso, existem indícios de que o paciente possa ser alvo de constrangimentos durante o seu depoimento, o que poderá acarretar uma confissão de culpa”, afirmam no pedido.
O habeas corpus foi recebido no sistema do STF às 12h27 desta quarta-feira 16 e até a publicação desta matéria não havia sido distribuída a nenhum ministro.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

PF adia depoimento de Zambelli sobre ligação com Walter Delgatti
Por CartaCapital
Com Delgatti na lista, confira os novos convocados pela CPMI do 8 de Janeiro
Por CartaCapital