Justiça
Como é a penitenciária de Tremembé, para onde Ronnie Lessa deve ser transferido
Recentemente, o presídio recebeu o jogador Robinho, condenado por estupro na Itália


O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes autorizou, nesta sexta-feira 7, a transferência de Ronnie Lessa para o complexo penitenciário de Tremembé, em São Paulo.
O ex-policial militar, um dos assassinos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, está preso desde 2019 em Campo Grande (MS) em uma penitenciária federal. A ida para um presídio estadual era uma das reivindicações apresentadas por seus advogados como condição para um acordo de delação premiada.
A prisão de Tremembé, a 150 quilômetros da capital paulista, já recebeu detentos de casos emblemáticos no País, o que a faz ser conhecida como “o presídio dos famosos”. Estão na lista, entre outros, Alexandre Nardoni, Cristian Cravinhos, Lindemberg Alves e Gil Rugai.
O ex-jogador Robinho, condenado por estupro coletivo na Itália, está prestes a completar três meses na prisão, onde divide uma cela de 8m² com outro detento.
A penitenciária é dividida em dois pavilhões de regime fechado e um alojamento para os presos do semiaberto. Ela tem celas para até oito presos, além de nove celas individuais. Os detentos podem sair uma vez por dia para o banho de sol.
Há também cozinha, igreja, sala de aula, biblioteca, campo de futebol e horta.
A “P2” tem ainda fábricas da Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimental, que permitem que os presos trabalhem dentro da unidade. Há oferta de cursos de capacitação profissional em oficinas que integram o programa de remição de pena pelo trabalho.
A unidade, no modelo atual, foi criada após a desativação do Carandiru.
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