Justiça

CNJ vai apurar possível omissão do Judiciário em megaoperação no Rio

Ação policial mirou líderes da facção criminosa Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha e deixou mais de 130 mortos

CNJ vai apurar possível omissão do Judiciário em megaoperação no Rio
CNJ vai apurar possível omissão do Judiciário em megaoperação no Rio
Operação policial no Rio de Janeiro em 28 de outubro de 2025 deixa mais de 60 mortes. Foto: Mauro Pimentel/AFP
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O corregedor-nacional de Justiça, Mauro Campbell Marques, determinou que os tribunais do Rio de Janeiro prestem informações em até 48 horas sobre possíveis omissões na megaoperação policial realizada nesta semana. O despacho foi assinada nesta sexta-feira 31.

O pedido de providências é dirigido ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e sua Corregedoria-Geral, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região e sua Corregedoria Regional, além da Vara de Execuções Penais. Também são alvos da apuração preliminar os juízes de Direito Marcel Laguna Duque Estrada e Rafael Estrela Nóbrega.

De acordo com o corregedor do CNJ, os acontecimentos recentes exigem uma “atuação coordenada e imediata” para garantir a observância dos deveres funcionais e preservar a integridade das instituições judiciais. A megaoperação no Rio mirou líderes da facção criminosa Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha, e deixou mais de 130 mortos – se tornando a mais letal da história do Brasil.

Para conduzir as diligências, Campbell destacou os juízes auxiliares Dimitri Vasconcelos Wanderley e Lizandro Garcia Gomes Filho, que atuarão em nome da Corregedoria. Os magistrados terão a missão de colher informações, coordenar visitas à capital fluminense e, se necessário, elaborar relatórios circunstanciados sobre o caso.

O objetivo do procedimento, justificou o órgão, é identificar eventuais falhas estruturais e “promover correções que contribuam para o restabelecimento da normalidade institucional no sistema de Justiça do Rio”.

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