Justiça
Caso Marielle: Juiz reconsidera decisão e manda Ronnie Lessa permanecer em presídio federal por um ano
Magistrado argumentava inicialmente não ter recebido o despacho de renovação da permanência do ex-PM
O juiz Luiz Augusto Iamassaki Fiorentini, da 5ª Vara Federal de Campo Grande (MS), decidiu nesta quarta-feira 3 renovar a permanência de Ronnie Lessa em uma penitenciária federal do estado por mais um ano. O ex-policial militar é acusado de matar a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e o motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
Fiorentini chegou a determinar o retorno de Lessa ao Rio de Janeiro, sob o argumento de que não havia recebido um pedido da Justiça fluminense para prorrogar o prazo de permanência no sistema federal, expirado em 21 de março.
Na sequência, porém, ele reconsiderou a decisão, ao tomar ciência de um despacho de 19 de março da 4ª Vara Criminal do Rio, assinado pelo juiz Gustavo Gomes Kalil. A determinação era pela permanência de Lessa por três anos em uma unidade de segurança máxima federal. Para Fiorentini, porém, a fixação desse período poderia “engessar o fluxo de internos no sistema penitenciário federal, de caráter temporário, reduzindo as vagas disponíveis para futuras demandas”.
Ronnie Lessa deixou o Rio em março de 2019, logo depois de ser preso por envolvimento no caso Marielle.
Uma delação premiada do ex-PM foi fundamental para a Polícia Federal deflagrar no mês passado uma operação na qual cumpriu mandados de prisão preventiva contra o deputado federal Chiquinho Brazão (RJ) e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão, suspeitos de mandar matar Marielle, além do ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, sob a suspeita de agir para proteger os participantes do crime.
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